Grande entrevista com o historiador Paulo Lopes na edição de 18 de setembro do JORNAL DE LETRAS sobre Um Agente Português na Roma do Renascimento.
«"Foi um cronista desse tempo?" Mais um repórter. Narra o que viu e dá-lhe um tom pessoal ...emotivo que não é da natureza do texto oficial. Aliás, nunca poderia dizer o que disse dos cardeais, das cortesãs, se fosse um texto dessa natureza porque, a Inquisição não o permitiria. O texto só tinha um destinatário, o Duque de Bragança, que pretendia ter justamente uma informação de bastidores. O fidalgo de Chaves participou por exemplo no Carnaval do Renascimento e é extraordinária a descrição que faz dos cardeais, das máscaras, das festas bacanais. Não encontramos esse tipo de informação naturalmente em missivas diplomáticas ou de agentes oficiais. Há momentos em que quase conseguimos sentir o cheiro das ruas, o colorido das pessoas, das festas. Daí a riqueza que acho que o texto tem e que valeu a pena explorar tão intensamente.»