Novidade editorial | «A Concordata de Salazar»



A partir de documentação inédita, com pesquisa em vários arquivos, incluindo o arquivo do Vaticano.

8 de fevereiro em livraria
 
Ratificada a 8 de Maio de 1940, a Concordata entre Portugal e a Santa Sé não foi particularmente generosa na concessão de direitos especiais ou privilégios à Igreja Católica, sobretudo se confrontada com instrumentos coevos de igual natureza, como as concordatas assinadas por Mussolini, em 1929, e por Franco, em 1953.
 
Mais do que um tratado sobre matérias como o casamento e o ensino – que iam sendo reguladas pelo direito interno –, a Concordata portuguesa foi um instrumento de propaganda do regime, sendo a sua assinatura alinhada propositadamente com a abertura da Exposição do Mundo Português.
Na verdade, o Presidente do Conselho conseguiu, através de um hábil jogo diplomático, fazer valer as posições do Estado português face às pretensões da Santa Sé, facto tanto mais surpreendente quanto a Igreja e a religião católica sempre foram pilares essenciais da afirmação do regime salazarista.